TRANSFORME SUA INSTITUIÇÃO DE ENSINO OU DE ASSISTÊNCIA SOCIAL COM ESTRATÉGIA, PLANEJAMENTO E CAPACITAÇÃO

Ajudamos sua instituição a crescer com estratégia, ética e excelência

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orçamento

Essa conversa, sem compromisso, é gratuita e serve para compreendermos suas necessidades para atendermos da melhor maneira possível você ou sua instituição

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Desenvolvemos pessoas para desenvolver instituições

A JRM Consultoria, Educação e Serviços atua no fortalecimento da gestão de escolas de educação básica e de instituições de assistência social, promovendo a melhoria da qualidade do ensino, o desenvolvimento de equipes, de estudantes e profissionais.


Oferecemos consultorias especializadas, mentorias, orientação vocacional para adolescentes e jovens, pesquisas de satisfação, capacitações e treinamentos, cursos e acompanhamento psicopedagógico, sempre com foco em soluções sob medida, decisões orientadas por dados e impacto real no cotidiano das instituições.


Crescemos junto com nossos clientes, impulsionando excelência,

inovação e propósito na educação.

Transformamos estratégias em resultados concretos

Missão

Ajudar as pessoas e as instituições a crescerem com estratégia, ética e excelência

Visão

Ser referência em soluções para o desenvolvimento humano e institucional, oferecendo propostas inovadoras e éticas

Valores

  • Ética
  • Educação de excelência
  • Pensamento estratégico
  • Sustentabilidade
  • Simplicidade
  • Empatia
  • Cordialidade

Ajudamos sua instituição

a se destacar

Realizamos o diagnóstico institucional, construímos o planejamento estratégico simples e robusto e acompanhamos sua execução. Somos orientados por dados e trabalhamos com total transparência.

Consultoria e assessoria educacional

Apoiamos escolas de educação básica, fundações e organizações do terceiro setor a fortalecerem a gestão, aprimorarem processos e alcançarem resultados sustentáveis.


Integramos metodologias reconhecidas (Balanced Scorecard, PDCA, OKRs, Marco Lógico e muitas outras) com escuta qualificada de gestores e equipes.


Transformamos desafios institucionais em soluções personalizadas, aplicáveis e orientadas por dados e pesquisa.

Diagnóstico e avaliação institucional

Planejamento

estratégico

Reestruturação organizacional e de governança

Organização e melhoria de processos

Capacitações & treinamentos

Desenvolvemos capacitações e treinamentos sob medida para fortalecer competências de gestores e equipes, alinhadas aos objetivos estratégicos de cada instituição.


Oferecemos:

  • Capacitações & treinamentos customizados
  • Treinamentos em informática e Inteligência Artificial aplicada à gestão e à educação
  • Trilhas de aprendizagem in company
  • Workshops
  • Congressos e seminários


Nossos programas combinam teoria atualizada, prática aplicada ao cotidiano e metodologias participativas que promovem engajamento e transformação real no trabalho.

Palestras sob medida

Desenvolvemos e conduzimos palestras personalizadas para equipes educacionais, alinhadas às prioridades estratégicas

e aos desafios reais

de cada instituição.


Nossas palestras são pensadas para gerar impacto imediato: despertam reflexão, fortalecem o engajamento das equipes e impulsionam mudanças positivas no ambiente escolar.


Adaptamos formato, duração e linguagem conforme o público e o contexto, seja para eventos internos, formação continuada, encontros pedagógicos ou convenções institucionais.


Com uma abordagem dinâmica e interativa, proporcionamos experiências que motivam, integram e contribuem para o fortalecimento da cultura organizacional.

Ajudamos sua ONG a captar recursos públicos ou privados com eficiência, clareza e transparência.

Assessoria para a captação de recursos

Apoiamos organizações sociais a acessarem fontes de financiamento públicas ou privadas, garantindo sustentabilidade e expansão de impacto.


Nosso serviço de responsabilidade social contempla:



  • Identificação e análise de editais e oportunidades de investimento.



  • Elaboração de projetos com a metodologia Marco Lógico.



  • Assessoria e suporte em todas as etapas do projeto, da execução à prestação de contas, assegurando transparência conformidade e maior credibilidade junto aos financiadores públicos e privados, nacionais e internacionais.




Transformamos boas iniciativas em projetos aprováveis

 e sustentáveis, ampliando o alcance e a relevância da missão institucional.


Cursos online

Disponibilizamos cursos livres de curta duração, desenvolvidos especialmente para profissionais da educação, educadores e gestores, que buscam atualização prática e acessível.


Nossos conteúdos abordam temas relevantes do mundo educacional, com linguagem clara e recursos digitais interativos.


Além do catálogo já disponível, estruturamos cursos sob medida, de acordo com as necessidades das instituições e dos profissionais.


Construímos trilhas de aprendizagem personalizadas, alinhadas aos objetivos estratégicos, às competências prioritárias e ao perfil do público-alvo.


Com formato híbrido e acompanhamento especializado, oferecemos experiências formativas

que geram desenvolvimento real e aplicável.

Edição de Ebooks e conteúdos digitais

Desenvolvemos e editamos conteúdos digitais profissionais para instituições educacionais, consultorias, autores e equipes de comunicação.


Atuamos desde a organização do conteúdo até a revisão final. Entregamos com clareza, coerência e identidade visual, alinhada ao posicionamento institucional.


Transformamos materiais brutos (textos, apresentações, artigos, apostilas e relatórios) em ebooks e conteúdos interativos.


Nossa equipe cuida de todo o processo:

  • curadoria,
  • copywriting,
  • padronização de linguagem,
  • design editorial,
  • inclusão de recursos visuais e acessibilidade digital.


Combinamos estética, técnica e estratégia para que cada conteúdo cumpra seu objetivo: informar, engajar, captar, formar ou inspirar. O resultado é um material moderno, com linguagem profissional, diagramação agradável, leitura fluida e potencial de alto alcance digital.


Também disponibilizamos ebooks e outros conteúdos digitais de nossa autoria, oferecendo um material rico, técnico, com linguagem simples e acessível.

APOSTAMOS NAS NOVAS GERAÇÕES.

Ajudamos os adolescentes e jovens a construírem seu projeto de vida e a pensarem no futuro com foco e responsabilidade

Mentorias e orientação vocacional

Apoiamos adolescentes e jovens na construção do projeto de vida, com escolhas mais seguras e conscientes sobre sua trajetória acadêmica e profissional.


Nosso trabalho combina autoconhecimento, análise de competências, exploração de carreiras e desenvolvimento das habilidades necessárias para transitar da fase “júnior” para posições de maior autonomia e responsabilidade.


Orientamos a tomada de decisão de forma estruturada e realista, respeitando sonhos e expectativas, mas também considerando tendências de mercado, cenários de empregabilidade e oportunidades de formação continuada.


Como conduzimos o processo de orientação vocacional:

  • Ferramentas validadas de autoconhecimento (interesses, valores, personalidade e aptidões)
  • Mapeamento de habilidades atuais e potenciais de desenvolvimento
  • Análise de trilhas acadêmicas e possibilidades profissionais em diferentes áreas
  • Apoio na escolha de cursos, faculdades, certificações e caminhos alternativos
  • Encontros individuais com escuta ativa e PDI (Plano de Desenvolvimento Individual)


Ajudamos o mentorado a ter mais clareza sobre quem ele é, o que gosta de fazer, como quer contribuir e quais escolhas podem abrir melhores portas

para o seu futuro.

Redação textos diversos, normalização e elaboração de documentos técnicos e institucionais

Cuidamos da produção e formatação de textos acadêmicos, técnicos e institucionais com o mesmo rigor e dedicação que sua instituição dedica à sua missão.


Oferecemos redação, revisão e formatação de documentos segundo os padrões normativos mais reconhecidos, garantindo excelência técnica, clareza e conformidade.


Trabalhamos com Normas da ABNT:
NBR 14724 — Apresentação de trabalhos acadêmicos
NBR 6023 — Referências bibliográficas
NBR 6024 — Numeração de seções
NBR 6027 — Sumário
NBR 6028 — Resumo
NBR 10520 — Citações
NBR 12225 — Lombada

Outros padrões internacionais, como APA e ISO.


Além da adequação formal, realizamos, através de parceiros, a revisão linguística, técnica e estilística, ajustando tom, vocabulário e identidade institucional. Cada texto é tratado como um instrumento estratégico de comunicação e credibilidade.


Elaboração de Documentos Institucionais e Técnicos


Desenvolvemos, de forma personalizada e com base nas melhores práticas de governança e gestão, uma ampla gama de documentos normativos e estratégicos para instituições de ensino, fundações e organizações do terceiro setor:

  • Código de Ética e Conduta
  • Manual do Colaborador
  • Caderno de Identidade Organizacional
  • Projeto Político-Pedagógico (escolar e socioassistencial)
  • Regimento Interno
  • Manual de Política de Gestão Integrada (Qualidade, Meio Ambiente, Saúde, Segurança e Responsabilidade Social)
  • Políticas e Normas Organizacionais
  • Procedimentos Executivos e Instruções de Trabalho
  • Procedimento de Integração de Novos Colaboradores
  • E muitos outros, de acordo com as necessidades dos clientes.


Cada documento é produzido com base em pesquisa institucional, entrevistas e análise documental, garantindo coerência normativa, técnica e identitária.

🔍 Por que escolher a JRM?
  • Conformidade com legislações e normas técnicas nacionais e internacionais.
  • Linguagem clara, acessível e alinhada à cultura da instituição.
  • Equilíbrio entre técnica, estética e identidade organizacional.
  • Entregas revisadas dentro do padrão formal da língua portuguesa.


Cuidamos do seu conteúdo com o coração e o rigor de quem entende o poder da palavra.

Pesquisas de satisfação

e de opinião pública

Realizamos pesquisas que escutam com seriedade quem realmente importa.


Avaliamos percepções, expectativas e experiências dos estudantes, das famílias, dos colaboradores, da comunidade e dos demais públicos estratégicos, gerando insights confiáveis para orientar as escolhas estratégicas para o planejamento e as decisões institucionais.


Usamos metodologias reconhecidas:

  • NPS (Net Promoter Score),
  • Escalas de satisfação
  • Entrevistas em profundidade e grupos focais
  • Questionários estruturados e escalas de percepção
  • Avaliações periódicas para monitoramento de evolução
  • Pesquisas qualitativas, sempre adaptadas ao contexto e aos objetivos de cada instituição.


Entregamos:

  • Diagnósticos claros e objetivos
  • Relatórios e indicadores-chave
  • Comparação com benchmarks e metas internas
  • Recomendações práticas orientadas por dados
  • Acompanhamento para avaliação contínua


Garantimos um processo de coleta ético e sigiloso, resultando em dados que revelam pontos fortes, oportunidades de melhoria e prioridades de investimento.

Atuamos para promover aprendizagem de qualidade, desenvolvimento socioemocional

e bem-estar.

Acompanhamento psicopedagógico

Nosso trabalho observa o estudante e a instituição de forma integral, conectando aspectos cognitivos, emocionais, familiares e escolares, sempre com ética, escuta e intervenção qualificada.


Psicopedagogia clínica


Apoio individual ao estudante e sua família:


Nosso acompanhamento clínico é voltado para crianças, adolescentes, jovens e adultos que apresentam dificuldades de aprendizagem, mudanças no desempenho escolar ou desafios na organização dos estudos.


Trabalhamos com avaliação psicopedagógica detalhada e um plano terapêutico específico para cada caso.


Psicopedagogia institucional


Atuação sistêmica dentro da instituição:


A atuação institucional busca melhorar as condições de aprendizagem no coletivo, apoiando gestores, professores e equipes no enfrentamento de desafios pedagógicos e comportamentais.

O que fazemos na Psicopedagogia Clínica?


  • Avaliação psicopedagógica (desenvolvimento cognitivo, leitura, escrita, matemática e funções executivas)
  • Intervenção terapêutica personalizada
  • Apoio a transtornos específicos da aprendizagem (como dislexia, discalculia, TDAH) 
  • Desenvolvimento de habilidades socioemocionais 
  • Técnicas de estudo e gestão do tempo
  • Reuniões de devolutiva e orientação às famílias
  • Articulação com escola e profissionais da saúde, quando necessário


O foco da Psicopedagogia Clínica é o sujeito aprendente. Visa a fortalecer a autonomia, estimular potencialidades e reconstruir a relação da pessoa com o aprender.

O que fazemos na Psicopedagogia Institucional?


  • Mapeamento das dificuldades de aprendizagem por segmento
  • Orientação de práticas pedagógicas inclusivas
  • Apoio à avaliação contínua e intervenções pedagógicas
  • Programas de apoio socioemocional e convivência escolar
  • Formação de professores sobre estratégias psicopedagógicas
  • Articulação e comunicação escola–família
  • Planos de ação para prevenir reprovação e evasão


O foco da Psicopedagogia Institucional é a instituição. Visa ajudar a criar ambientes mais acolhedores, eficientes e coerentes com as necessidades atuais dos estudantes.

O que as pessoas dizem sobre nós?

Henrique Passedo

“A palestra 'O que te faz brilhar?' fez toda a diferença para a equipe da minha escola e ajudou muito a melhorar o desempenho." 

Joel Araújo Santos

“Em 3 meses, conseguimos perceber os gargalos, melhorar os processos e agilizar as respostas para os pais dos nossos alunos."

Adriana Santiago

“Fiz um treinamento personalizado do Microsoft Power BI com a JRM Consultoria, melhorei as entregas dos meus relatórios e recebi uma promoção.”

Paulo Pedrini

“Conseguimos ter um financiamento aprovado após a análise  minuciosa do edital e da redação de um projeto para apresentar a um parceiro internacional.”

Perguntas frequentes

  • A JRM atende apenas instituições educacionais ou também pessoas físicas?

    Atendemos ambos os públicos. Oferecemos consultoria e formação para escolas e organizações sociais, além de serviços direcionados a indivíduos, como orientação vocacional, mentorias profissionais, psicopedagogia, cursos online e revisão/produção de textos.

  • Os serviços de consultoria educacional são personalizados ou seguem um modelo padrão?

    Todos os projetos são customizados. Realizamos diagnóstico inicial, definimos objetivos com a instituição e construímos soluções sob medida para cada realidade e desafio específico.

  • Os cursos e treinamentos oferecem certificação?

    Sim. Todos os cursos, formações e workshops podem incluir certificação ao final, com carga horária definida e registro institucional.


    É importante saber que um curso livre é uma modalidade de educação não-formal, de duração variada, seja ele presencial ou online (EAD), que é focado em um ensino complementar para qualificação profissional ou pessoal em uma determinada área, sem exigências de escolaridade anterior.


    De acordo com a Lei nº. 9394/96, o Decreto nº. 5.154/04 e a Deliberação CEE 14/97 (Indicação CEE 14/97), os cursos livres são uma modalidade de ensino legal e válida em todo o território nacional, ainda que não sejam regulamentados pelo MEC.


    Os certificados são válidos em qualquer instituição a partir do momento que constem todas as informações necessárias neste certificado, como datas, local e carga horária, além da possibilidade de fazer a verificação de autenticidade online. Vale lembrar que eles são certificados, não diplomas.

  • Como funciona o acompanhamento psicopedagógico?

    Ele pode ser clínico (individual, focado no estudante) ou institucional (voltado para equipes e gestão escolar). 

    No caso clínico, é realizado mediante avaliação inicial e plano de intervenção personalizado, com devolutivas periódicas à família.

  • É possível contratar serviços online?

    Sim. A maioria dos serviços pode ser realizada integral ou parcialmente online, incluindo mentorias, consultorias, cursos, palestras, revisão de textos e orientação vocacional. Isso permite atender clientes de qualquer região do Brasil ou do exterior.

  • O que inclui o treinamento em informática oferecido pela JRM?

    Nossos treinamentos em informática são personalizados conforme o nível de conhecimento de cada equipe. 

    Trabalhamos desde conceitos básicos de uso de computadores e ferramentas digitais até a capacitação em softwares específicos utilizados na gestão escolar, como editores de texto, planilhas, plataformas educacionais e sistemas administrativos. 

    O objetivo é garantir autonomia digital, produtividade e segurança no uso das tecnologias, apoiando uma rotina de trabalho mais ágil e eficiente.

  • Como são utilizados os resultados das pesquisas de satisfação e de opinião pública?

    Os resultados são apresentados em relatórios visuais e objetivos, com indicadores, comparativos e recomendações práticas. 

    A partir deles, apoiamos a instituição na tomada de decisão, priorização de melhorias, fortalecimento da comunicação com as famílias e prevenção de evasão. 

    Sempre mantemos sigilo das informações e o foco em transformar dados em ações reais que elevem a qualidade dos serviços e a satisfação dos públicos atendidos.

  • Como a JRM ajuda minha instituição a captar recursos de forma eficaz?

    A JRM não é uma empresa captadora de recursos, mas, assessora as instituições no processo de captação de recursos de forma estratégica: identificamos editais e oportunidades compatíveis com o perfil da instituição, elaboramos projetos com metodologia reconhecida (como Marco Lógico) e apoiamos na submissão, execução e prestação de contas. 

    Nosso objetivo é ampliar a sustentabilidade financeira e o impacto social do seu projeto, garantindo conformidade, transparência e maior credibilidade perante financiadores.

  • A mentoria e a orientação vocacional funcionam apenas para escolher uma profissão?

    Não. Ajudamos o jovem a se conhecer melhor, compreender seus talentos, interesses e valores, planejar sua trajetória acadêmica e desenvolver habilidades profissionais. 

    Além da escolha de carreira, trabalhamos competências necessárias para inserção no mercado, construção de autonomia, evolução da posição júnior e fortalecimento da confiança para decisões futuras. 

    O processo é personalizado e acompanha o estudante ou jovem profissional em seu projeto de vida.

    Focamos principalmente nas novas gerações por acreditarmos no grande potencial dos jovens para transformar o mundo através da educação de qualidade e do trabalho.

  • As palestras podem ser personalizadas para a realidade da minha instituição?

    Sim. Todas as nossas palestras são desenvolvidas sob medida a partir do contexto, dos desafios e dos objetivos da instituição. 

    Adaptamos o tema, a linguagem, os exemplos e a duração ao público-alvo, seja ele composto por gestores, professores, colaboradores, estudantes ou famílias. Oferecemos versões presenciais, online ou híbridas, com materiais de apoio e momentos de interação que geram engajamento e resultados imediatos.

  • O que está incluído no serviço de edição de ebooks e conteúdos digitais?

    Cuidamos de todo o processo editorial: revisão ortográfica e gramatical, reestruturação e adaptação do texto para maior clareza, organização visual, diagramação profissional e inclusão de elementos gráficos. 

    Também garantimos que o material final seja responsivo e adequado a diferentes plataformas de leitura, pronto para divulgação em sites, redes sociais, campanhas ou ambientes virtuais de aprendizagem. 

    Quando desejado, acrescentamos interatividade, identidade visual personalizada e certificação nos casos de materiais formativos.

    Além disto, produzimos nosso próprio material, compartilhando conhecimento com clientes e amigos.

  • A JRM segue normas específicas na redação e revisão dos textos?

    Sim. Trabalhamos com atenção total às normas da língua portuguesa e aos padrões editoriais necessários para cada tipo de material. 

    No caso de trabalhos acadêmicos, seguimos rigorosamente as normas ABNT, ou de instituições específicas, garantindo formatação correta, clareza, coesão e consistência ao longo do documento. Também adaptamos o texto ao público-alvo, ao objetivo da comunicação e à identidade institucional, quando aplicável. 

    O resultado são materiais profissionais, bem estruturados e prontos para publicação ou entrega.

Notícias,

artigos e

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Por JRM CONSULTORIA 15 de novembro de 2025
Introdução Em outubro de 2025, a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) aprovou a Resolução nº 29/2025, que define as diretrizes do Prontuário Eletrônico do Sistema Único de Assistência Social (Prontuário SUAS). Publicada no Diário Oficial da União em 16 de outubro, a norma consolida o prontuário como um direito dos usuários do SUAS, articulado diretamente com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD, Lei nº 13.709/2018). O prontuário deixa de ser apenas um formulário ou software e passa a ser um registro profissional estruturado, com finalidades claras: apoiar a garantia de direitos socioassistenciais por meio da vigilância socioassistencial, da gestão, da pesquisa e da execução de serviços e benefícios. Ao mesmo tempo, a resolução apresenta sete diretrizes centrais que envolvem integralidade da proteção, integralidade do trabalho social, ampliação de acesso, simplificação dos registros, interoperabilidade, proteção de dados e acesso diferencial por perfil de trabalhador. Do ponto de vista municipal, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca o potencial do Prontuário SUAS como instrumento de qualificação da gestão, mas alerta para a necessidade de atenção às regras e às exigências técnicas e financeiras para implementação. Em diálogo com experiências internacionais de prontuários eletrônicos em saúde e cuidados sociais, especialmente no Reino Unido, observa-se que a digitalização dos registros pode fortalecer a continuidade do cuidado, a integração entre políticas e a transparência, mas também traz desafios recorrentes: financiamento, infraestrutura de TI, qualificação de equipes, usabilidade de sistemas e governança de dados. O artigo a seguir aprofunda a análise da Resolução CIT nº 29/2025, discute seus desafios reais de implementação e aproxima o debate da experiência internacional, com foco no que isso significa para municípios e para quem atua na consultoria e no fortalecimento da gestão do SUAS. 1. O Prontuário Eletrônico do SUAS: marco regulatório e sentido político A Resolução CIT nº 29/2025 dispõe sobre diretrizes do Prontuário Eletrônico do SUAS, explicitando, logo no art. 1º, sua consonância com a LGPD. No art. 2º, o Prontuário SUAS é definido como direito dos indivíduos e das famílias usuárias do sistema, viabilizado por meio de um sistema autônomo, com finalidade de registro profissional de informações relativas ao conjunto de serviços e benefícios do SUAS. Isso tem implicações importantes: O prontuário não é apenas uma ferramenta administrativa, mas parte do conjunto de garantias de direitos. O registro passa a ser compreendido como dimensão ética e técnica do trabalho social. A unidade pública e a equipe de referência assumem responsabilidade direta pela guarda, confidencialidade e segurança das informações. O art. 3º reconhece que o prontuário contém dados pessoais, incluindo dados pessoais sensíveis, vinculados à finalidade de implementar a política de assistência social, o que exige aderência estrita à LGPD e às salvaguardas de proteção de dados. Já o art. 4º explicita que as informações devem ser utilizadas para assegurar direitos socioassistenciais por meio da vigilância, da gestão, da pesquisa e da execução dos serviços, vedando o tratamento dos dados para fins estranhos à política de assistência social. Em síntese: o Prontuário SUAS é reposicionado como um eixo de integração entre proteção social, gestão qualificada e proteção de dados, com responsabilidade jurídica clara para os entes federativos. 2. O que o Prontuário SUAS é e o que não é A partir da resolução, é possível delimitar com mais precisão o lugar do prontuário no SUAS. 2.1. O que ele é Um direito dos usuários do SUAS, não apenas uma exigência administrativa. Um registro profissional do trabalho social com famílias e indivíduos, preferencialmente em meio eletrônico, que deve refletir a integralidade dos serviços e benefícios utilizados. Uma ferramenta estratégica para vigilância socioassistencial, planejamento, monitoramento e avaliação, se os dados forem coletados e utilizados de forma consistente. Um repositório de dados pessoais sensíveis, protegido pela LGPD, o que implica obrigações legais claras em relação a finalidade, adequação, necessidade, segurança e não discriminação. 2.2. O que ele não deve ser Não é um repositório irrestrito de dados para qualquer uso governamental ou privado. Não é um sistema de vigilância social desvinculado da garantia de direitos. Não é apenas mais uma camada burocrática de registro, sem retorno para o trabalho de ponta. Não é um “banco de dados social” para ser utilizado comercialmente ou para fins de controle que extrapolem o escopo da assistência social. Essa delimitação é central para evitar usos indevidos, como cruzamentos de dados discriminatórios, seleção de beneficiários por critérios não transparentes ou compartilhamento com terceiros sem autorização ou base legal. 3. As diretrizes nucleares da Resolução CIT nº 29/2025 O art. 5º apresenta sete diretrizes que funcionam como roteiro técnico e ético para implementação do prontuário: Integralidade da proteção da pessoa e da família O prontuário deve permitir uma visão articulada da trajetória da família no SUAS, evitando registros fragmentados por serviço. Integralidade do trabalho social O sistema precisa apoiar o trabalho da equipe, permitindo registro qualificado de diagnósticos, planos de acompanhamento, encaminhamentos e resultados. Ampliação de acesso a direitos e proteção social Os dados devem ser usados para identificar lacunas de cobertura e vulnerabilidades, subsidiando ações proativas de busca ativa e proteção. Simplificação e facilitação de registros A lógica de design do sistema precisa considerar a carga de trabalho das equipes e a experiência dos usuários que desejam acessar seus dados. Interoperabilidade com outras políticas públicas O prontuário deve “conversar” com sistemas de saúde, educação, habitação, trabalho e renda, entre outros, usando padrões seguros e respeitando o sigilo. Proteção, privacidade e confidencialidade A resolução reafirma os princípios da LGPD, incluindo minimização de dados, segurança, não discriminação e responsabilização. Acesso diferencial por perfil O acesso deve ser regulado de acordo com cargo, função, unidade e formação, garantindo o princípio do “necessário para o trabalho” e evitando acesso indevido a dados sensíveis. Além disso, o art. 6º lista princípios como autenticidade, centralidade na família e no território, uso ético, transparência, eficiência e melhoria da gestão. 4. Análise crítica: desafios reais de implementação 4.1. Financiamento, infraestrutura e desigualdades federativas A resolução define o “o que” deve ser feito, mas não detalha mecanismos de financiamento nem cronogramas de implementação. Para os municípios, isso se traduz em: Necessidade de investir em equipamentos, conectividade, servidores, segurança cibernética e suporte técnico. Demanda de contratação ou capacitação de equipes de TI. Risco concreto de aprofundar desigualdades entre municípios com forte capacidade técnica e financeira e municípios pequenos, com alta demanda socioassistencial e pouca estrutura. A CNM destaca justamente essa preocupação ao orientar que gestores municipais fiquem atentos às exigências técnicas, de segurança e de guarda dos dados, reforçando a responsabilidade local. 4.2. Interoperabilidade como desafio de governança A diretriz de interoperabilidade é desejável, sobretudo em uma política que depende de articulação com saúde, educação e outras áreas. Porém, internacionalmente, a integração entre sistemas de registros sociais e de saúde tem se mostrado um desafio complexo, envolvendo padronização de dados, contratos com fornecedores, governança multiagência e compatibilidade tecnológica. No caso brasileiro, isso significa: Necessidade de definição de padrões nacionais de dados e APIs. Ajuste de sistemas legados municipais e estaduais. Governança federativa que coordene União, Estados e Municípios em torno de um modelo comum. 4.3. LGPD além do papel: cultura de proteção de dados A resolução está alinhada com a LGPD, mas o desafio é transformar essa aderência legal em cultura institucional. Isso implica: Formação sistemática de equipes do SUAS em proteção de dados, sigilo e uso ético da informação. Revisão de rotinas de atendimento, armazenamento e compartilhamento de dados. Estruturação de mecanismos de auditoria de acesso, registro de logs e resposta a incidentes. Experiências internacionais mostram que a proteção de dados em sistemas de registros eletrônicos depende tanto de tecnologia quanto de políticas claras e treinamento contínuo. 4.4. Qualidade da informação e uso para gestão A resolução cria as condições normativas para uso dos dados na vigilância socioassistencial, mas não garante, por si só, qualidade de informação. Sem: orientações claras sobre padrões mínimos de registro, acompanhamento da completude e consistência dos dados, indicadores de qualidade e uso da informação na gestão, há o risco de que o prontuário se torne mais uma obrigação formal, pouco conectada às decisões de gestão e às estratégias de proteção social. 5. Diálogo com experiências internacionais de prontuários eletrônicos Embora ainda seja limitada a literatura específica sobre prontuários eletrônicos na assistência social, há um conjunto crescente de estudos sobre digitalização de registros em cuidados sociais, especialmente em países que integram saúde e assistência. 5.1. Reino Unido: Digital Social Care Records No Reino Unido, o programa de Digital Social Care Records (DSCR) busca garantir que a maior parte dos serviços de cuidados sociais adultos use registros digitais interoperáveis até 2025. Alguns achados relevantes: Revisões rápidas de evidências apontam benefícios em continuidade do cuidado, compartilhamento seguro de informações, redução de registros duplicados e suporte à tomada de decisão. Ao mesmo tempo, relatórios indicam desafios relacionados à usabilidade dos sistemas, carga de registro para equipes, resistência à mudança e necessidade de apoio intensivo para provedores menores. Um estudo de escopo recente sobre implementação de registros digitais em cuidados sociais adultos destaca a importância de: definir expectativas realistas de benefícios no curto prazo, combinar investimento em tecnologia com investimento em pessoas e processos, adaptar soluções à realidade de serviços pequenos e dispersos. 5.2. Lições gerais para o SUAS Da leitura cruzada dessas experiências, emergem lições que dialogam diretamente com a implementação do Prontuário SUAS: Tecnologia não resolve sozinha Sistemas digitais só produzem ganhos quando vêm acompanhados de revisão de fluxos, treinamento e acompanhamento sistemático. Interoperabilidade exige governança, não apenas integração técnica É preciso clareza sobre quem decide padrões, quem financia integrações e como lidar com conflitos entre fornecedores e órgãos públicos. Capacidade dos pequenos provedores é um ponto sensível No caso brasileiro, isso se projeta nos municípios menores, com estruturas de TI e conectividade mais frágeis, que podem exigir modelos de apoio consorciado ou soluções mais simples, mas seguras. Avaliação é fundamental Evidências internacionais mostram que o impacto real em resultados de cuidado nem sempre é imediato e que falhas de implantação podem gerar frustração ou desconfiança. Essas lições reforçam a ideia de que a Resolução CIT nº 29/2025 é apenas o ponto de partida. A forma como União, Estados, Municípios e organizações da sociedade civil vão conduzir a implantação definirá se o prontuário será uma alavanca de qualificação do SUAS ou apenas mais uma obrigação. 6. Passos práticos para municípios e equipes gestoras Abaixo, um conjunto de passos práticos que podem orientar gestores municipais e equipes que desejam implementar o Prontuário SUAS em coerência com a resolução. 6.1. Diagnóstico de maturidade digital e de governança de dados Mapear equipamentos, conectividade, infraestrutura de TI e softwares já utilizados na rede socioassistencial. Identificar se há política municipal de proteção de dados e se existe pessoa ou unidade responsável pelo tema. Levantar rotinas atuais de registro e uso de informações: quem registra, em que formato, onde guarda, quem acessa. 6.2. Planejamento da solução tecnológica Verificar orientações do MDS sobre solução nacional, requisitos mínimos e padrões de interoperabilidade. Definir se o município adotará solução nacional, estadual, consorciada ou própria. Garantir que o sistema atenda às diretrizes de acesso diferencial, proteção de dados, registro qualificado e relatórios gerenciais. 6.3. Definição de papéis e responsabilidades Nomear uma instância responsável pela governança do prontuário (por exemplo, coordenação de vigilância socioassistencial em diálogo com TI). Atualizar ou elaborar política interna de privacidade e proteção de dados para o SUAS municipal, alinhada à LGPD e à resolução. Formalizar perfis de acesso por função, unidade e serviço. 6.4. Capacitação e acompanhamento das equipes Realizar formações específicas sobre: LGPD aplicada ao SUAS, sigilo profissional no ambiente digital, preenchimento qualificado do prontuário, uso dos dados para planejamento e vigilância. Produzir materiais simples (guias, fluxogramas, modelos de registro) para uso cotidiano das equipes de referência. Acompanhar, nos primeiros meses, dificuldades de uso do sistema e ajustar processos. 6.5. Pilotos, monitoramento e avaliação Iniciar com projetos-piloto em alguns serviços ou territórios, testando fluxos, indicadores e relatórios. Definir indicadores mínimos de acompanhamento, por exemplo: percentual de famílias com prontuário eletrônico ativo, completude dos campos essenciais, tempo médio entre atendimento e registro, número de acessos por perfil, incidentes de segurança registrados e tratados. Revisar periodicamente os resultados, comunicando aprendizados para toda a rede. 6.6. Cooperação intersetorial e federativa Articular com saúde, educação, habitação e outras políticas para planejar, desde cedo, a interoperabilidade, com acordos claros de compartilhamento de dados. Buscar apoio de consórcios, associações municipais e estados para soluções técnicas compartilhadas, especialmente para municípios com menor capacidade de investimento. 7. Limites, incertezas e pontos de atenção Alguns pontos ainda dependem de definição e acompanhamento: A Política Nacional de Privacidade e Proteção de Dados do Prontuário SUAS, a ser regulamentada pelo MDS, será decisiva para detalhar responsabilidades, padrões de segurança e fluxos de compartilhamento. Não há, até o momento, cronograma nacional público com metas graduais de implantação por tipo de município, o que pode gerar ritmos desiguais e incertezas. A experiência internacional mostra que, sem forte investimento em suporte e usabilidade, é comum a percepção de aumento de burocracia para as equipes de ponta, o que pode gerar resistência. A avaliação do impacto do Prontuário SUAS sobre resultados concretos de proteção social ainda dependerá de pesquisas futuras, já que o marco regulatório é recente. Quando essas definições forem publicadas, será importante atualizar diagnósticos, planos municipais e instrumentos de consultoria. 8. Considerações finais A Resolução CIT nº 29/2025 representa um avanço importante no esforço de modernização e qualificação do SUAS, ao colocar o prontuário no centro da relação entre direito à proteção social, gestão baseada em evidências e proteção de dados pessoais. Ao mesmo tempo, a experiência internacional com registros eletrônicos em saúde e cuidados sociais ensina que o sucesso não está garantido apenas pela existência da norma ou da tecnologia. Ele depende de: financiamento adequado, governança consistente, apoio intensivo às equipes na ponta, atenção às desigualdades entre municípios, capacidade de transformar dados em decisões concretas de proteção social. Para consultores, gestores e equipes técnicas, o Prontuário SUAS abre campo para repensar processos, pactuar responsabilidades e construir, de forma gradual, uma cultura de gestão orientada por dados e pelos direitos das famílias. Referências Confederação Nacional de Municípios. Publicada Resolução que define diretrizes do Prontuário Eletrônico do Suas. Portal CNM, 12 nov. 2025. Department of Health and Social Care (UK). A plan for digital health and social care. Government policy paper, 29 jun. 2022. Local Government Association. Implementing digital social care records. Briefing, 2024. Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Publicada Resolução CIT nº 29, de 6 de outubro de 2025 – Diretrizes do Prontuário SUAS. Blog Rede SUAS, 16 out. 2025. Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Dados do Prontuário SUAS passam a ter mais segurança e transparência com novas diretrizes. Portal gov.br, 10 nov. 2025. The Strategy Unit / NHSX. Benefits of Digital Social Care Records. Relatório técnico, 2022. Noble, J. Choosing an electronic case management system for your organization. New Philanthropy Capital, jan. 2018.
Dois homens gritando um para o outro em megafones; estão em pé sobre uma superfície de tijolos em frente a uma parede de concreto.
Por José Ricardo Mole 8 de novembro de 2025
Resumo O artigo examina o papel fundamental da comunicação interna (CI) nas instituições educacionais (IE), defendendo que falhas estruturais e processuais nessa área constituem um gargalo sistêmico capaz de prejudicar a eficácia administrativa, a coesão pedagógica e o fortalecimento da cultura organizacional. A partir de uma revisão de literatura em comunicação organizacional e gestão educacional, são discutidos os impactos da fragmentação departamental, da comunicação descendente ineficaz e da ausência de canais de feedback ascendente sobre o alinhamento estratégico e o engajamento de docentes e técnicos-administrativos. O texto diagnostica consequências como o enfraquecimento do clima organizacional e a dificuldade de implementação de inovações, além de propor diretrizes para transformar a CI de função operacional em pilar estratégico na gestão da educação. Palavras-chave: Comunicação Interna; Gestão Educacional; Instituição Educacional; Cultura Organizacional; Comunicação Estratégica. 1. Introdução: o silêncio ruidoso nas instituições de ensino As instituições educacionais, sejam de ensino básico ou de assistência social, caracterizam-se por sua complexidade organizacional. Além da gestão de processos e recursos, são centros de produção e disseminação do conhecimento, envolvendo diferentes públicos internos: docentes, educando, discentes, educadores, gestores e técnicos-administrativos. Nesse contexto, a comunicação interna deveria funcionar como sistema nervoso central, alinhando objetivos, coordenando ações e promovendo um significado compartilhado. Contudo, observa-se que a CI é frequentemente relegada a um papel secundário, sendo vista apenas como função operacional e não estratégica (Kunsch, 2003; Welch, 2015). O resultado é um vácuo informacional, preenchido por ruídos, desinformação e boatos (“rádio-corredor”), fatores que prejudicam a inovação, minam a confiança e enfraquecem a missão institucional. Defende-se, neste artigo, que a negligência estratégica da CI é um dos fatores ocultos mais relevantes para a limitação da excelência educacional. 2. A anatomia do gargalo: diagnóstico das patologias comunicacionais 2.1 Insuficiência do fluxo descendente e ruído estratégico O fluxo descendente, que parte da alta gestão para os demais níveis, é frequentemente marcado por opacidade e excesso de burocracia. Decisões estratégicas importantes, como mudanças curriculares ou implantação de novas tecnologias, são comunicadas de forma tardia ou incompleta, favorecendo a proliferação de informações extraoficiais e a ansiedade entre os colaboradores (Rego, 2008). A falta de clareza e de contexto leva à resistência, desalinhamento estratégico e diminuição da confiança, mesmo quando os docentes não discordam das mudanças, mas não compreendem seus fundamentos. 2.2 Bloqueio do fluxo ascendente: a gestão que não escuta Tão prejudicial quanto falhar em informar é falhar em escutar. O fluxo ascendente, que permite que professores e técnicos relatem suas experiências e dificuldades, é fundamental para a inovação e o aprimoramento dos processos. A ausência de canais formais e seguros para feedback, somada à falta de cultura de escuta ativa, faz com que problemas permaneçam ocultos, prejudicando o ajuste institucional (Fauré, 2010). A CI não pode ser apenas difusora de mensagens, mas precisa garantir mecanismos de retorno e envolvimento dos colaboradores. 2.3 Fragmentação horizontal: os silos departamentais A comunicação horizontal, entre departamentos e setores, é frequentemente deficiente nas IE, que operam em “silos” isolados (Argenti, 2006). A falta de integração entre áreas como TI, biblioteca e setores pedagógicos impede a interdisciplinaridade, gera retrabalho e dificulta a experiência educacional integrada. Estruturas hierárquicas e departamentais, segundo estudos de redes organizacionais, impactam negativamente o fluxo de informações. 3. Impactos do gargalo no potencial educacional 3.1 Enfraquecimento da cultura organizacional e do engajamento A cultura organizacional é construída, mantida e transformada pela comunicação (Kunsch, 2003). Quando a CI é ineficaz, missão, visão e valores tornam-se meros discursos, e o engajamento dos colaboradores diminui. Isso resulta em absenteísmo, rotatividade e clima organizacional prejudicado, afetando inclusive a qualidade do ensino. Pesquisas apontam correlação positiva entre CI eficaz, satisfação e comprometimento organizacional. 3.2 Prejuízo à qualidade e inovação pedagógica Projetos pedagógicos inovadores dependem de coordenação, treinamento e alinhamento. O gargalo na CI dificulta a implementação de novas metodologias, pois falta entendimento comum e clareza sobre o suporte disponível. Estudos recentes mostram que os canais e estratégias de CI ainda são insuficientes diante dos desafios de inovação nas IE. 3.3 Ineficiência administrativa e desperdício de recursos No âmbito administrativo, a comunicação interna ineficaz resulta em lentidão, erros, retrabalho e desperdício de recursos. Falta de clareza em procedimentos consome tempo de docentes e técnicos, prejudicando atividades-fim e a agilidade institucional (Jakubiec, 2019). 4. Rompendo o gargalo: a comunicação como pilar estratégico Superar o gargalo comunicacional exige ressignificar a CI como função estratégica. Recomenda-se: Diagnóstico e planejamento integrado: realizar auditoria da CI para mapear fluxos, ruídos e canais preferidos, integrando a comunicação ao planejamento estratégico (PPP, PDI). Liderança comunicativa: capacitar gestores como comunicadores, promovendo transparência e canais diretos de diálogo (reuniões, comunicados claros, eventos de aproximação). Canais múltiplos e escuta ativa: utilizar ferramentas digitais e presenciais, criar canais de feedback (pesquisas de clima, ouvidoria, fóruns) e incentivar a participação dos colaboradores. Foco na integração horizontal: promover comitês interdisciplinares, projetos colaborativos e plataformas que facilitem o contato entre setores. Avaliação contínua e feedback: estabelecer indicadores de eficácia, monitorar e ajustar periodicamente as estratégias de CI, valorizando dimensões como confiança e transparência. 5. Conclusão Instituições educacionais que falham em comunicar-se internamente dificilmente conseguem transmitir valor externamente. A comunicação interna deficiente é um gargalo silencioso, porém corrosivo, que compromete o alinhamento estratégico, o capital humano e a capacidade de inovar. Investir em CI é investir diretamente na qualidade pedagógica e na saúde organizacional, promovendo uma comunidade de aprendizagem integrada, engajada e alinhada ao propósito institucional.  Referências Barros, F. R. de; Lima, H. da C. G.; Oliveira, J. V. F. de; Faustino, L. R.; Muglia, T. B. (2024). Institutional communication strategies in higher education institutions: a systematic literature review. Educationis, v.12 n.2. Aziz, F. R.; Kowiyanto, K.; Hasdiana, H. (2025). Internal Communication in Building a Positive Corporate Culture. INJOSEDU. Hussein, Q. (2025). Employee Satisfaction with Internal Communication in Higher Education: A study of Al-Istiqlal University. Dibon Journal of Education, 1(2). Silva Noro, C. A.; Cruz, C. M. L.; Kleber, A. E. (2024). Organizational communication in higher education institutions: An analysis of benefits and challenges in a systematic literature review. Welch, M. (2015). Internal communication education: A historical study. Journal of Communication Management, 19(4). Salmond, T.; Salamondra, T. (2022). Effective Communication in Schools. (PDF).
Por José Ricardo Mole 7 de novembro de 2025
1. A gênese do desejo e o nascimento do sujeito Sigmund Freud, ao inaugurar a psicanálise no final do século XIX, introduziu uma revolução epistemológica: o homem não é senhor em sua própria casa. Nossas decisões, crenças e afetos são constantemente atravessados por forças inconscientes. Entre elas, o desejo ocupa lugar central, não como simples vontade ou carência, mas como a energia psíquica que nos move na busca do reconhecimento e da completude que jamais se alcança. Em “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905), Freud propôs que o desejo humano é estruturado pela falta e orientado pela alteridade. O sujeito só se constitui como tal na relação com o outro. É nesse contexto que emerge a célebre formulação: “eu só me torno uma pessoa quando sou o desejo de alguém”. A identidade, portanto, não é autossuficiente, é relacional. Essa concepção desvela o pano de fundo de toda relação de liderança: o líder e o liderado estão enredados em uma trama de desejos recíprocos e projeções inconscientes. Liderar é, inevitavelmente, lidar com o desejo, o próprio e o dos outros. 2. O inconsciente na dinâmica da liderança Freud, em Psicologia das Massas e Análise do Eu (1921), já observava que os grupos são constituídos por vínculos libidinais e por identificações afetivas com a figura de liderança. O líder, simbolicamente, torna-se o centro de coesão do grupo, depositário de ideais e frustrações. Assim, a liderança não se exerce apenas por autoridade formal, mas pela economia do desejo que circula entre os sujeitos. Cada decisão, cada conflito, cada gesto de reconhecimento carrega dimensões inconscientes que escapam à racionalidade administrativa. Por isso, a psicanálise nos ensina que não há liderança puramente técnica ou objetiva: toda liderança é também afetiva, simbólica e, em certa medida, transferencial. Jacques Lacan (1953) reforça essa ideia ao formular que “o desejo do homem é o desejo do outro”. O líder deseja ser reconhecido; o grupo deseja ser conduzido. Ambos se constituem reciprocamente no espelho do desejo. Nesse jogo, o perigo surge quando o líder perde a autonomia de seu próprio desejo e passa a se guiar apenas pelo olhar do outro, pela necessidade de aprovação, pela busca incessante de admiração ou de controle. A liderança, então, adoece: transforma-se em narcisismo, dependência e exaustão simbólica. 3. Transferência, projeção e repetição: o triângulo inconsciente das relações de poder Freud, em A dinâmica da transferência (1912), mostrou que toda relação interpessoal carrega repetições de vínculos primários. O sujeito transfere sobre figuras de autoridade afetos e expectativas inconscientes originados nas relações com os pais. No contexto educacional, isso é ainda mais evidente: o líder é muitas vezes investido como uma figura parental, aquele que acolhe, pune, orienta e garante o sentido. O fenômeno da transferência é inevitável e, quando compreendido, pode ser uma poderosa ferramenta de gestão. O líder consciente dessas dinâmicas não reage impulsivamente às idealizações ou críticas, mas as interpreta como manifestações simbólicas do grupo. Ele compreende que cada resistência pode esconder medo, e cada silêncio pode expressar lealdade inconsciente a padrões antigos. Por outro lado, quando o líder ignora o inconsciente, torna-se refém da projeção: vê nos outros aquilo que não reconhece em si mesmo. Assim, um gestor que teme o conflito tende a rotular seus subordinados como “difíceis”; aquele que reprime a própria insegurança tende a controlar excessivamente. O desconhecimento de si gera a repetição, outro conceito freudiano fundamental (Além do Princípio do Prazer, 1920). Repetimos, na organização, as mesmas defesas que um dia nos protegeram na infância. Liderar, portanto, é interromper o ciclo da repetição inconsciente por meio da consciência reflexiva. É substituir a reação automática pela interpretação simbólica. O líder maduro não responde apenas ao sintoma; ele lê o sentido. 4. O líder educacional como sujeito do cuidado No universo da educação, essa leitura se torna especialmente relevante. O gestor escolar não apenas coordena processos pedagógicos ou administrativos. Mais do que isso, ele sustenta vínculos humanos profundamente atravessados por afetos, idealizações e transferências. A escola é um espaço simbólico de grande densidade emocional: é nela que se projetam sonhos, frustrações e desejos coletivos. Winnicott (1960), ao falar do ambiente facilitador, descreve o papel do adulto que sustenta o crescimento do outro sem sufocá-lo. Esse conceito pode ser transposto para a liderança educacional: o bom líder é aquele que oferece segurança para que o grupo se desenvolva, sem roubar-lhe a autonomia. Ele é, simultaneamente, continente e espelho. Acolhe, mas devolve; escuta, mas também confronta. Tal posição exige maturidade psíquica e autoconhecimento emocional. Sem eles, o líder pode confundir cuidado com controle, empatia com fusão afetiva, escuta com submissão. A liderança educativa, quando imatura, tende a produzir dependência; quando consciente, promove emancipação. Como observa René Kaës (1997), as instituições funcionam como aparelhos psíquicos grupais, dotados de seus próprios fantasmas, medos e desejos. O líder educacional, nesse contexto, é o intérprete desses conteúdos coletivos. Sua função vai além da gestão: é a de dar sentido, transformar pulsões dispersas em propósito comum. 5. O autoconhecimento como ferramenta de gestão Em tempos de discursos superficiais sobre “inteligência emocional” e “autogestão”, a psicanálise nos oferece um caminho mais profundo: o autoconhecimento como travessia ética. Freud (1930) afirmava que a cultura exige de nós um permanente trabalho psíquico para conter impulsos e transformar pulsões em criação, processo chamado de sublimação. No contexto da liderança, a sublimação se expressa na capacidade de converter emoções brutas, raiva, medo, inveja e vaidade, em ações simbólicas produtivas: reconhecimento, escuta, planejamento, mediação. O líder que se conhece é aquele que transforma o afeto em decisão lúcida. Esse processo não se dá de forma espontânea: requer análise constante, escuta de si e disposição para o desconforto. Como lembra Bion (1961), “a função do líder é suportar a ansiedade do grupo sem sucumbir a ela”. O líder educacional precisa sustentar a incerteza, sem buscar respostas rápidas ou soluções mágicas. Seu papel é criar sentido no meio do caos. 6. Desejo, poder e ética na liderança educacional Liderar implica ocupar um lugar de poder simbólico, mas, à luz da psicanálise, poder e desejo são indissociáveis. Lacan (1969-70), em “O Seminário, livro 17: o avesso da psicanálise”, afirma que toda relação de poder é também uma economia do gozo. O risco, portanto, é o gozo do poder pelo poder, o prazer inconsciente de dominar, controlar ou ser admirado. A ética da liderança educacional exige que o desejo do líder esteja a serviço do propósito, e não do ego. É nesse ponto que a psicanálise se torna ferramenta de discernimento: ajuda-nos a distinguir o desejo autêntico de servir do desejo narcísico de ser amado. O líder ético é aquele que renuncia à onipotência e reconhece seus próprios limites. Ele compreende que o verdadeiro comando nasce da escuta; que autoridade não é domínio, mas presença simbólica. Compreende que educar, como liderar, é, acima de tudo, um ato de amor mediado pela falta, não pela posse. 7. Liderar é desejar, mas saber o que se deseja Chegamos, então, ao ponto crucial: liderar é desejar, mas é preciso saber o que se deseja. O líder que desconhece seu próprio desejo corre o risco de ser guiado pelos desejos alheios: da equipe, da instituição, do mercado, do público. Nesse movimento, perde o eixo e torna-se refém do olhar do outro. A liderança educacional, por lidar com pessoas e significados, é um terreno fértil para esse desvio. O gestor pode ser seduzido pela necessidade de aprovação constante, pelo desejo de ser “amado pelos professores”, “admirado pelos pais” ou “indispensável aos superiores”. Contudo, como ensina a psicanálise, o reconhecimento externo é sempre transitório; o sentido autêntico nasce da coerência interna. Por isso, o autoconhecimento é mais que um requisito emocional, é um ato de responsabilidade institucional. Líderes que se escutam constroem instituições mais saudáveis, relações mais autênticas e culturas organizacionais mais sustentáveis. 8. Conclusão: o desejo como força transformadora O desafio do líder educacional contemporâneo é unir técnica e subjetividade, estratégia e escuta, gestão e simbolismo. A psicanálise oferece um mapa para essa travessia: compreender que o outro não é objeto de controle, mas sujeito de desejo. O verdadeiro poder de liderar não está na hierarquia, mas na capacidade de transformar o desejo individual em sentido coletivo. E isso só é possível quando o líder se permite olhar para dentro, reconhecer-se, reconstruir-se, e, sobretudo, desejar com consciência. Freud nos ensina que o homem é movido por forças que ele não domina. Lacan, por sua vez, acrescentou que o sujeito só existe no desejo do outro. Winnicott, todavia, mostrou que o cuidado é a base da existência. A liderança educacional, então, é o ponto de encontro desses três legados: o inconsciente que pulsa, o desejo que orienta e o cuidado que sustenta. Antes de encarar sua jornada diária, talvez valha o convite: desliga o automático. Olha para dentro. Entende o que o move. Porque o verdadeiro poder de liderar não vem de fora, vem do desejo de fazer sentido. Referências, BION, Wilfred. Experiências em grupos. Rio de Janeiro: Imago, 1961. FREUD, Sigmund. Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. 1905. FREUD, Sigmund. A dinâmica da transferência. 1912. FREUD, Sigmund. Psicologia das Massas e Análise do Eu. 1921. FREUD, Sigmund. Além do Princípio do Prazer. 1920. FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. 1930. KAËS, René. O grupo e o sujeito do grupo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997. LACAN, Jacques. Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise. 1953. LACAN, Jacques. O Seminário, Livro 17: O avesso da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.  WINNICOTT, Donald. O ambiente e os processos de maturação. Rio de Janeiro: Imago, 1960.